Crescer, se tornar um adulto, não é bolinho.
Pra mim, a parte mais difícil foi durante o ensino médio. Eu acho que eu não fui uma adolescente aborrescente como dizem. Acho que até fui bem light {minha mãe é quem tem que dizer com certeza!}
Mas durante o segundo grau {ainda se fala segundo grau?} eu era muito intensa. Tipo, muito preocupada com tudo: com escola, com ser perfeita, com o que os outros pensavam de mim, se eu tinha amigos suficientes, se eu tinha amigos demais, se minha paquerinha gostava de mim, o que eu vou ser quando crescer... essas coisas de adolescente mesmo.
E isso na minha cabeça era tudo questão de vida ou morte. Mesmo que eu não mostrasse isso pra ninguém, ou que eu não conversasse com ninguém sobre isso.
Mas eu pensava o tempo todo. Minha cabeça não parava de pensar, de ruminar, de ensaiar, de imaginar todos os cenários. Sabe? Aquela coisa de ter que corresponder às expectativas dos outros, de ter que ser a melhor, de ter que fazer só o que era certo, de se ajustar ao seu papel... mesmo que ninguém tenha te imposto nada. Era tudo da minha cabeça mesmo.
E se algo não fosse do jeitinho que eu achava que tinha que ir, era um drama só. Tipo, fui mal na prova de matemática, posso pegar recuperação, minha melhor amiga não está falando comigo por causa do meu namorado... essas coisas que hoje eu sei serem normais {e até necessárias}, mas pra mim, naquela época, eram o fim do mundo.
Mas essa fase passou. Ainda bem!
Vai entender, né??? Porque hoje eu brinco com o Chris que eu queria os meus problemas de antigamente de volta {já pensou se o seu maior problema de hoje fosse saber se aquele gatinho gosta de você ou não?}
Os que eu tenho hoje são bem mais sérios. Bem mais sérios mesmo.
Posso trocar?
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